A IMAGEM DA HEROÍNA ROMÂNTICA EM MISS DOLLAR, DE MACHADO DE ASSIS

  • Carla Zurutuza UFMS/PÓS-GRADUAÇÃO
Palavras-chave: Miss Dollar. Heroína Romântica. Figura feminina. Representação Social.

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar o conto Miss Dollar, de Machado de Assis, explorando a representação da heroína romântica Miss Dollar (1870), abordando as personagens Miss Dollar, doutor Mendonça e Margarida, situando o conto no contexto Romantismo Brasileiro do século XIX. A pesquisa foi estruturada a partir de uma breve introdução na perspectiva de conceituar o conto, falando sobre o movimento literário do Romantismo Brasileiro. Na sequência, abordamos outro momento de Miss Dollar: a galga enganosa, narrativa marcada por ironia e sátira, características da escrita machadiana, que questiona os padrões sociais e literários da época. Reconhecemos Machado de Assis como um dos maiores críticos do Brasil, e tecemos comentários sobre as características das personagens femininas nas obras machadiana. Para embasar nossa análise bibliográfica, pautamo-nos nos estudos de: Massaud Moisés (1994); Nádia Gotlib (entre outros teóricos relevantes para a pesquisa.), Alexandre Andrade (2019), Alfredo Bosi (2017), Lúcia Granja; Odair Santana Júnior (2018), Denise Bergamini (2013), John Gledson (2006), Onédia Célia Barboza (1974), Maria Edileuza da Costa (2008), Carlos Bauer (2001) e Jaqueline Padovani da Silva (2015), Luiz Costa Lima (1981), entre outros estudos relevantes para entendemos o objetivo proposto. O estudo analisa de que maneira a presença feminina na narrativa revela a procura por independência e liberdade, enquanto ainda está sujeita às limitações impostas pela sociedade da época.

Referências

ANDRADE, Alexandre de Melo. A crítica machadiana aos românticos. REVISTA GARRAFA. (PPGL/UFRJ), v. 17, p. 26-36, 2019.

ASSIS. Machado de. Miss Dollar. In: _______. Contos Fluminenses: texto integral. 3. ed. São Paulo: Martin Claret, 2012. (Coleção a obra-prima de casa autor; 252).

AUSTEN, Jane; BRONTË, Charlotte. Juvenilia. Editora Companhia das Letras, 2014.

BAUER, Carlos. Breve história da mulher no mundo ocidental. São Paulo: Pulsar, 2001.

BERGAMINI, Denise Lopes. As Mulheres no conto de Machado de Assis. Darandina Revisteletrônica – Programa de Pós-Graduação em Letras/UFJF, v. 1, n. 1, 2008. Disponível em: http://www.darandina.ufjf.br/textos/outubro_2008/artigos/as_mulheres_no_conto.pdf. Acesso em: 17 nov. 2024.

BOSI, Alfredo. História Concisa da Literatura Brasileira. 51. ed. São Paulo: Cultrix, 2017.

COSTA, Maria Edileuza da. Lindoia, moema... carolina, iracema: mitos românticos da literatura brasileira. Interdisciplinar: Revista de estudos em Língua e Literatura, n. 7. Aracaju/SE: UFS, 2008. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/interdisciplinar/issue/view/132/showToc. Acesso em: 13 nov. 2024.

COSTA LIMA, Luiz. Representação social e mímesis. Dispersa demanda: ensaios sobre literatura e teoria, p. 216-236, 1981.

GLEDSON, John. Por um novo Machado de Assis: ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2006.

GOTLIB, Nádia Battella. A Teoria do conto. Obra digitalizada, Coletivo Sabotagem, 2004. Disponível em:
https://moodle.ufsc.br/pluginfile.php/2538777/mod_folder/content/0/Nadia%20Battela%20Gotlib%20-%20Teoria%20do%20Conto.pdf?forcedownload=1. Acesso em: 19 nov. 2024.

GRANJA, Lúcia; SANTANA JR., Odair Dutra. Aquém e além-mar: agentes, textos e estratégias na publicação de romances-folhetim do Jornal do Commercio (1827-1863). Revista Interfaces, Rio de Janeiro, v. 1, n. 28, jan./jun. 2018, p. 31-46.

MOISÉS, Massaud. Dicionário de termos literários. 12. Ed. rev. e ampl. São Paulo: Cultrix, 2004.

PERROT, Michelle. Mulheres públicas. Tradução de Roberto Leal Ferreira. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1998. – (Prismas).

SILVA, Jaqueline Padovani da. Desta para a melhor: a presença das viúvas machadianas no jornal das famílias. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2015. (Coleção PROPG Digital- UNESP). Disponível em: http://hdl.handle.net/11449/138591. Acesso em: 15 nov. 2024.
Publicado
2025-01-27